A Canon enviou uma de suas máquinas de litografia nano-impressa (NIL, sigla em inglês) para testes no Instituto para Eletrônicos do Texas (TIE). A instituição vai estudar a tecnologia da empresa japonesa e comparar sua viabilidade com os processos atualmente mais usados, os famosos DUV e EUV da ASML.
O que chama a atenção neste envio é que o TIE recebe apoio e investimentos de um consórcio de companhias de semicondutores. Isso inclui gigantes conhecidas no mundo tech como Samsung e Intel. Não apenas, mas a agência de tecnologias militares dos EUA, DARPA, também investe no instituto.
Dessa forma, se a litografia NIL causar boa impressão nos estudos do TIE, essa é uma ótima chance para a Canon estabelecer credibilidade para a sua tecnologia.
A litografia nano-impressa é um processo bem diferente das tecnologias EUV e DUV, que usam luz para funcionar, então também são conhecidas como fotolitografias. Nesses casos, um laser projeta padrões de circuito a partir de uma “máscara” em um wafer de chips. Por sua vez, a litografia NIL da Canon faz o processo de maneira mecânica, como se fosse um “carimbo” direto nos chips.
Atualmente o processo é capaz de fabricar chips em 5nm, e a Canon diz que em breve também alcançará os 2nm.
Litografia da Canon pode competir com a ASML?
A principal vantagem da NIL em relação às tecnologias da ASML é que a solução da Canon é mais barata. Os processos EUV e DUV são mais rápidos, no entanto. Mas o verdadeiro desafio para a companhia japonesa é conseguir propor uma nova solução quando tanto da infraestrutura da indústria já depende da ASML.
Infelizmente para a Canon, as empresas não podem facilmente implementar máquinas NIL em suas linhas de montagem e precisariam de grandes investimentos para se adaptar à nova técnica de litografia.
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Em contrapartida, é provável que muitas companhias estejam interessadas em não depender mais de uma única empresa – em especial na China, onde a ASML recebeu restrições para prestar seus serviços.
A Canon parece esperançosa em relação à sua litografia nano-impressa, tendo planos de chegar a vendas anuais de 10 a 20 unidades de suas máquinas nos próximos cinco anos.
Fonte: Tom’s Hardware
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