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Seguindo a série especial sobre a Shonen West, hoje vos trago uma das sensações da plataforma, Alice Animo, obra de Matheus Nóbrega, que atualmente está na 5ª posição entre os assinantes, com quatro capítulos lançados. E devo dizer que fiquei realmente imerso na proposta da obra, com um enredo bem interessante e que merece a sua atenção sobre os detalhes apresentados.
Se em Fablend, a magia era abordada como em um conto de fadas, em Alice Animo, ela é colocada com toda a pompa de um shonen battle, como em Fairy Tail, com lutas, armas especiais e habilidades específicas em um mundo fictício bastante interessante. O enredo é bastante direto ao leitor, com Alice e seu mestre Vi sendo guerreiros que lutam contra criaturas mágicas usando armas e movimentos com magia.
Eles livram uma cidade das sombras, que são as primeiras criaturas mágicas a serem colocadas na obra, e ambos vão derrotando as hordas como em um videogame, até que chega uma batalha ainda mais forte com a maior das sombras, o que acaba por dar um desfecho inusitado na trama, quando o Vi é cercado pelas sombras e colocado numa armadilha, sendo transportado para algum lugar. Alice, que havia passado por um momento traumático, se vê numa condição de mudança e libera seu poder.
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Este começo é bastante energético, com grande parte das cenas sendo ação, principalmente focadas em Alice, porém, pouco é mostrado sobre seu mestre. Isto tudo foi o capítulo 0, já no 1, algumas coisas vão encontrando seu lugar e sendo reveladas, sobre o mundo da obra, os mistérios por trás do desaparecimento de Vi, e quem ele é, sendo mostrado como um grande herói draconiano.
Alice agora busca pelo paradeiro de seu mestre, e se depara com mais ação no caminho, encontrando logo o elo que a ligaria com seu objetivo. A partir daqui as ações começam a se focar em outros personagens, desta vez, humanos. Uma maga de grandes feitos chamada Circe, conhecida por Vi, é a única alternativa de Alice para encontrar seu mestre, mas a protagonista com um grande teor de tomboy, de poucas palavras e muita ação, passa na frente e começa a procurar à força por informações, o que traz Rony D’Arc, ao combate.
Um mago poderoso e talentoso, que acaba sendo acionado por sua líder, a maga Circe, que aliás, mostra uma das cenas mais belas em questão de design, e uma grande luta ocorre entre os capítulos 2 e 3. O enredo mostra sinais claros de sua personalidade, com direito a tudo que um bom shonen battle precisa ter, com boas lutas e muita ação, demonstração de poderes e habilidades, um pouco de ecchi que dá um toque belo na obra, envolvendo magia.
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Mas há alguns problemas que podem ser facilmente consertados para futuras publicações da série. O mundo é mostrado contendo magia, mas não é informado como o mundo é e como sua magia funciona. Logo de cara, Fairy Tail já mostra que seu mundo possui magia, mas que menos de 10% dos habitantes são capazes de lidar com tal coisa.
Trigun mostra a catástrofe apocalíptica que destruiu a terra e forçou as pessoas a procurarem por outras habitações, e por aí vão os exemplos. Outra coisa, é mostrado no enredo que Vi é um herói draconiano, mas não foi explicado ainda que classe de guerreiros é essa, suas devidas ações e habilidades, ou mesmo, quem são as sombras e de onde elas vêm.
A única coisa explicada mais detalhadamente são as armas que Alice e Vi usam, que é uma espécie de espada ativada por magia pela estabilização da alma, por meio de confiança plena em suas habilidades, e paz de espírito. O evento para que tal transformação ocorresse com Alice, o desaparecimento de seu mestre permite que ela supere o primeiro grande chefe, logo no primeiro capítulo.
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São muitos os detalhes apresentados para o enredo, mas poucas são as explicações apresentadas para compreendermos melhor do que a obra se trata de fato. Com tantos detalhes assim, seria necessária uma melhor explicação, com capítulos não tão movimentados, e com uma cadência mais leve, para que tal coisa ocorra.
Em todos os capítulos, e suspeito que os últimos dois são na verdade um só com uma separação entre eles, as ações são intensas e o ritmo dos acontecimentos é igualmente intenso. Quando analisei a Domestic Girlfriend recentemente aqui no site, um dos pontos ruins do enredo foi o excesso de drama bastante carregado, sem que muitas explanações fossem colocadas para situar melhor os personagens na trama, e é um dos poucos defeitos que vejo em Alice Animo.
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Alice é uma personagem muito boa desde o começo, e por mais que a obra seja acelerada, dá para ver que ela tem um carisma necessário para ser a protagonista de sua estória. O design dela é ótimo, quando falei que ela é uma tomboy, não fui leviano, já que ela usa um macacão com as alças bagunçadas, um cabelo solto mais rebelde, e um corpo escultural, apesar de ser baixinha.
Não é só ela que transmite personalidade por seu design, Vi é um herói lendário, com um corpo trincado e aparência serena, Circe é bela e tem uma bela cena na obra, mostrando um corpo bem detalhado, digno de uma dama com poder. No geral, o design da obra está muito bem feito e apresentado, com boa atenção na ambientação de uma terra fictícia, com veículos mágicos, como a moto que Alice usa, e cenários que são exibidos em certas cenas, com bom destaque.
É uma obra bela, apesar de que em termos gerais eu prefira o que foi feito em outra obra da Shonen West, Fablend, não tem como negar que o visual de Alice Animo é um chamariz pleno para a obra. Há de ser dito que Matheus Nóbrega é ao mesmo tempo autor e roteirista da obra, e demonstra boa capacidade técnica de tocar a obra para frente em ambos os fronts.
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A narrativa é outra coisa de se destacar, aqui palavrões não são restritos, o palavreado de Alice é regado de gírias, e o humor de um bom shonen não poderia ficar de fora. Alice sendo baixinha e bem bonita, diga-se de passagem, não poupa elogios para si própria, mostrado com bom humor e bem colocado no roteiro, a ponto de não saturar, tão pouco ficar isolado.
Outros personagens insinuam a mesma coisa sobre Alice e sua pouca estatura, além de falar sobre sua arrogância pontual. É agradável de se ler como um todo, já que com certos infográficos, o leitor não se perde no que está sendo usado, principalmente sobre os poderes e habilidades. Aliás, lembram-se de quando falei sobre videogame? Pois bem, a obra também tem uma tocada de jogos de RPG aqui, com referências das habilidades utilizadas nas lutas, e os status de cada um.
Alguns podem não gostar, e pode ser algo divisório, mas creio que casou com a proposta da obra, já que Yggdrasil é referenciada como uma cidade, Yggdrasil que é usada em animes como Overlord, e em jogos de RPG diversos.
Expectativas
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É uma obra divertida de acompanhar, tem um bom traço, personagens carismáticos e com personalidade própria, um enredo bem interessante, mas que precisa de mais elos fechados, para uma melhor compreensão de sua verdadeira natureza.
Eu assinaria a plataforma somente por ela, pois vale o investimento em acompanhar seus ricos detalhes, sendo uma bela expressão de talento artístico por parte do autor, e uma boa escolha por parte da plataforma.
Se for buscar uma leitura nova, e que te faça divertir com sua leitura simples e direta, mostrando uma boa dose de personalidade, Alice Animo é uma boa escolha e que vale a pena aguardar por novidades da obra.
Acesse o site da Shonen West: Aqui!
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